sexta-feira, 30 de abril de 2010

Feijão-preto


"(...) que prazer mais um corpo pede
Após comido um tal feijão?
Evidentemente uma rede
E um gato para passar a mão."

Vinícius de Morais, Feijoada a minha moda


O feijão-preto é uma variedade sul-americana, cultivada e consumida pelos guaranis, que o denominavam "comanda", "comaná" ou "cumaná". A palavra "feijão" é de origem portuguesa e data do século XIII o primeiro registro histórico de sua escrita. Sustentou, juntamente com a mandioca, as famílias paulistas, contribuindo para a fixação da população. A cultura, porém, logo se espalhou e era comum famílias brasileiras apresentarem um roçado de feijão.
Vale aqui uma explicação: a feijoada, de origem portuguesa, é uma adaptação de tradicionais pratos europeus que usavam legumes, carnes e verduras variados. como a paella e o cassoulet. Orelhas, pés e caudas de porcos não eram restos aproveitados mas, sim, partes muito apreciadas pelos europeus. Nas senzalas, a mistura era muito mais simples: apenas feijão e farinha. A feijoada é, portanto, de origem européia, iguaria nobre; sua origem nas senzalas, mais um mito da culinária, propagado largamente pela cultura popular.
É, hoje, o preferido dos cariocas, usado tanto na feijoada, como em pratos triviais, temperado com alho, óleo, sal e cebola. Em Minas Gerais, no tutu à mineira e no feijão-tropeiro, preparado com farinha de mandioca, pedaços de linguiça, toucinho e ovos picados (muito bom!).

Abaixo, uma interessante receita preparada com feijão-preto:

Pasta de feijão-preto



Tempo de preparo: 75 minutos
Porções: 8 porções

250g de feijão-preto
3 colheres (sopa) de azeite
1 cebola picada
1 pimentão vermelho picado
1 pimenta malagueta picada (sem sementes)
3 dentes de alho picados
125 ml de vinagre de maçã
4 colheres (sopa) de mel
1 colher (chá) de páprica picante
1 colher (chá) de cominho em pó
1 colher (sopa) de sal
1 colher (chá) de pimenta-do-reino preta em pó

Modo de fazer:

  1. Na véspera, deixe o feijão de molho. Escorra, coloque em uma panela e cubra com água, fervendo por 45 minutos ou até que os grãos estejam macios. escorra novamente e reserve.
  2. Aqueça o azeite em outra panela. Junte a cebola, o pimentão vermelho, a pimenta malagueta e o alho. salteie por 4 minutos. Acrescente, em seguida, o feijão, o vinagre, a páprica picante, o cominho, o sal e a pimenta-do-reino. Mantenha a mistura em fogo brando por 5 minutos, mexendo de vez em quando.
  3. Leve a mistura ao processador, ou liquidificador, e bata bem, formando uma pasta homogênea. Acerte o tempero.
Sugestão: sirva com tortilhas ou torradas de pão sírio.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Primeiro workshop para noivas e debutantes.- 28 de abril de 2010

Green Place, Avenida T-63, esquina com Afonso Pena/V-1, Bairro Anhanguera, Goiânia-GO, às 18h00.


- Desfile com noivas e debutantes, com exposição de fornecedores. e participação do Grupo Intermezzo -

Organização: Cara Metade Doces, Eventos & Buffet.


Estarei lá também, à disposição para dúvidas sobre menus, cardápios, oficinas de culinária, bons pratos e vinhos. Apareçam também.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Cozinhando com vinho


Como amante da boa cozinha, tenho, sempre, uma ou duas garrafas de vinho para se cozinhar. Ele é um ingrediente tão comum em meus pratos quanto o azeite. Na frigideira, após fritar um bife, obtenho, à partir dele, um molho leve e delicioso. Associado à ervas e temperos, dá um sabor especial aos peixes (e carnes em geral). Com ele, obtenho um sabor ímpar, transformando um prato cotidiano em algo especial. Associado ao creme de leite, proporciona uma acidez leve e equilibrada. Com o molho de tomates, então, naquele bom (e simples) espaguete à bolonhesa... Hummmm...!
Sinto-me, contudo, na obrigação de esclarecer uma questão: NÃO é possível utilizar qualquer vinho como ingrediente. Beba do mesmo vinho que usou para o preparo do prato. Vinhos de qualidade inferior comprometem sua qualidade.

Conselhos de um gourmet

De forma geral, opte por vinhos secos. Vinhos suaves têm uma quantidade excessiva de açúcar (acima de 20 gramas por litro), o que certamente comprometerá o equilíbrio do prato, especialmente de pratos salgados. Vinhos jovens e frutados costumam ir melhores do que os maduros e amadeirados. Use apenas panelas esmaltadas ou em aço inox, pois panelas de alumínio, ferro e cobre reagem com o ácido do vinho e transmitem um sabor metálico ao prato. Deve-se permitir, com o cozimento, que o álcool evapore na dose certa ou o prato terá uma acidez excessiva. Não é necessário, contudo, fervê-lo, pois ele evapora a 78 graus. O tempo de evaporação, contudo, está associado à área da superfície para o escape do álcool volatizado, do processo adotado, e dos demais ingredientes.

O blog apresenta diversas receitas com vinho, listadas abaixo. Experimentem.

Merluza à portuguesa
Pêssego ao vinho
Filet mignon à la sauce du champ
Refrescante sopa de morangos
Arroz piemontês
Risoto de rúcula

Rogério Roscio - Personal Chef   © 2008. Template Recipes by Emporium Digital

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