segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vinhos californianos


As primerias videiras foram plantadas, na Califórnia, por volta de 1799, por monges franciscanos. E, durante um século, as videiras plantas por eles foram a base da vitinicultura da região. Com a corrida do outro, em 1849, os vinhedos instalaram-se ao norte da baía de San Francisco e adjacências. No final do século passado, a maioria das regiões da Califórnia que hoje são produtoras, já estava instalada, na época, com produção acima de 30 milhões gal/1,1 milhão hl. Em 1870, a região central da Califórnia também se tornou produtora, especialmente os condados de Fresno e Madera, famosas pela produção de vinhos baratos.
Em 1880, porém, surgiam sinais de phylloxera vastatrix, uma praga que acabou devastando a produção de vinhos. A vitinicultura foi praticamente extinta. Após a Grande Depressão, a Segunda Guerra Mundial e a popularização do whisky, os produtores valeram-se do blend para produzir vinhos semelhantes aos europeus, de qualidade duvidosa e rótulos "genéricos".
Com um mercado mais estável, a produção acelerou-se e surgiram mais vitinicultores, maior variedade de uvas e melhoria sensível na qualidade, uma vez que a demanda exigia vinhos melhores. Os produtores passaram a vender sua produção com rótulos próprios.
Hoje, a Califórnia é responsável por 90% da produção de vinho dos Estados Unidos. e é a quarta produtora mundial da bebida, após a França, Itália e Espanha. Há uma grande variedade de uvas cultivadas, aproximadamente 100 (chardonnay - preferida dos norte-americanos -, sauvignon blanc, pinot gris, viognier, riesling, moscatel e gewürztraminer. Entre os tintos, a Califórnia produz excelentes vinhos dos tipos cabernet sauvignon, pinot noir, syrah, merlot, zinfandel, grenache, tempranillo, malbec, petite sirah, cabernet franc e sangiovese, entre outras). Cada uva, com seu sabor e aroma próprios, contribuindo para o produto final.
Os californianos são classificados, em sua maioria, como vinhos de mesa (com teor alcoólico entre 10 e 13 graus), espumantes (gaseificados) ou de sobremesa (doces).
Há nove regiões dedicadas quase que totalmente à vitinicultura: Santa Bárbara, com seus microclimas (famosa produtora de chardonnay, pinot noir e syrah), Napa, Sonoma, Mendocino, Lake, Amador, Monterey, Santa Cruz, San Luis Obispo. Sem falar nas regiões de San Joaquin, Sacramento, Marin, Solano, San Diego, Alameda, San Bernardino e Riverside. Todas com excelentes vinícolas.
Há quem ache os californianos desequilibrados, pobres e diluídos, excessivamente ácidos. Outros os adoram pela combinação surpreendentemente agradável de sabores e aromas.

Experimentem.

Abaixo, algumas sugestões:

Delicato Shiraz 2006. Aroma complexo de frutas negras, amora e um destaque marcante de pimenta do reino. Corpo médio. Boa acidez. Harmoniza-se muito bem com grelhados, pratos leves e picantes.

Woodbridge Chardonnay. Notas cítricas, de maçã, figo e damasco. Na boca, um sabor adocicado de carvalho e especiarias. Harmoniza-se bem com carnes brancas e pescados.

Mondavi Private Selection Cabernet Sauvignon 2006. Aroma frutado com notas de menta e especiaria leve. Taninos maduros. Harmoniza-se comcarnes vermelhas, cordeiro com molho de hortelã, queijos e massas com molhos cremosos de carne ou queijo.

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Rogério Roscio - Personal Chef   © 2008. Template Recipes by Emporium Digital

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