sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Para se assistir: A Festa de Babette (1987)


Um filme delicioso sobre a vida, sacrifícios, amor, fé e, claro, o prazer da mesa. O filme encanta exibindo cenários exuberante e ótimas atuações, especialmente Stèpgane Audran (como Babette), Birgitte Federspiel e Bodil Kjer (como as irmãs Martina e Filipa).

Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1988, A Festa de Babette revela a chegada de um refugiada francesa que pede abrigo a uma família dinamarquesa. Ela se torna empregada da casa, até qe anos depois descobre que ganhou na loteria. Com o dinheiro, ela promove um banquete tipicamente francês, tocando a alma dos convidados.

  • Direção: Gabriel Axel
  • Roteiro: Gabriel Axel
  • Produção: Just Betzer, Bo Christensen, Benni Korzen
  • Música Original: Per Norgaard
  • Música Não Original: Johannes Brahms, Wolfgang Amadeus Mozart
  • Fotografia: Henning Kristiansen
  • Edição: Finn Henriksen
  • Design de Produção: Jan Petersen, Sven Wichmann
  • Figurino: Annelise Hauberg, Karl Lagerfeld, Pia Myrdal
  • Efeitos Especiais: Henning Bahs
  • País: Dinamarca
  • Gênero: Drama

Um filme para os olhos e o espírito.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tomates e sua história


Não é propriamente um concenso sobre a origem dessa fruta (sim, fruta!). Alguns especialistas defendem que ele é originário do Peru, cultivado pelos Incas. O tomate original chamava-se Lycopersicum cerasiforme. Outros especialistas, contudo, apontam o México como seu berço.
O tomate pertence, assim como o milho, o feijão, o abacate e o cacau, ao rol de alimentos da América pré-Colombiana. E, curiosamente, era tido pelos europeus como venenoso. Somente no século XIX é que ele passou a ser consumido e cultivado; inicialmente, na Itália (leiam Massa - história e invenções) e, depois, na França e na Espanha. Nos EUA, também era tido como venenoso, e temido, até 1830 quando, para espanto de todos, Robert Johnson comeu um tomat inteiro nas escadarias da prefeitura de Salem, New Jersey. Após alguns minutos de expectativa pela morte do suicida, compreenderam que o tomate não o mataria - e à ninguém. Daí em diante, popularizou-se rapidamente.
Hoje, o Brasil detém a nona posição do ranking de produtores, com uma safra anual de 3,3 mihões de toneladas, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação). Contudo, detemos a terceira posição em produtividade. Vale lembrar que, curiosamente, exportamos muito pouco. Devido aos grandes custos com os impostos, dificuldades em obtenção de créditos agrícolas, falta de especialização e profissionalização, e alto custo da fruta, nosso tomate custa o dobro do tomate chinês (primeiro lugar em produção no mundo). O consumo do tomate é, também, bastante regionalizado e dificilmente ocorre entre continentes. Estudos indicam que 90% das hortaliças frescas são consumidas em um raio de 1.000 km de onde foram produzidas.
Atualmente, o maior fabricante de molho de tomate é a Itália (mais uma vez, a Itália e suas massas...), embora pouco plante dele. A Itália importa grande quantidade da China, processando os tomates e exportando o molho para toda a Europa. Sim, os melhores molhos de tomate (italianos) são de tomates chineses!

O tomate mostra-se extremamente versátil, e nutritivo, sendo usado da entrada à sobremesa. Delicioso, merece um espaço em nossas hortas e pratos.

domingo, 1 de novembro de 2009

Vinhos brasileiros

As primeiras videiras foram introduzidas por Martin Afonso de Sousa, em 1532, na capitania de São Vicente, Vitis vinifera, oriundas de Portugal e da Espanha. No mesmo ano, o fundador de Santos, Brás Cubas, tentou cultivar as videiras de forma mais ordenada, não obtendo, contudo, sucesso.
No Rio Grande do Sul, as primeiras videiras foram introduzidas por jesuítas, em 1626, posto que usavam os vinhos em rituais da missa católica. A introdução de outras variedades européias nesse estado deu-se com a chegada dos imigrantes alemães, com bons resultados.
As videiras americanas foram importadas em 1840 pelo comerciante Thomas Master, que as plantou na Ilha dos Marinheiros. Serviam, basicamente, para o consumo in natura, na forma de fruta fresca ou passas. Mas, graças a sua ótima adaptação, começaram a ser utilizadas para a produção de vinho.
A viniticultura gaúcha teve um grande impulso a partir de 1875, com a chegada de imigrantes italianos. E, apesar de um sucesso inicial, as videiras finas não se adaptaram ao clima tropical úmido e foram dizimadas por doenças fúngicas. Porém, com a adoção da variedade Isabel, então cultivada pelos colonos alemães no Vale do Rio dos Sinos e no Vale do Caí, deu-se a produção de vinhos com qualidade discutível. O cultivo espalhou-se para outras regiões do país, tornando-se a base do desenvolvimento da vitinicultura no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
Mas foi somente a partir da década de 1990 que vinhos de maior qualidade passaram a ser produzidos, com crescente profissionalização e a adaptação de uvas finas ao clima da Serra Gaúcha. A região tem produzido vinhos de qualidade bastante satisfatória e cescente. O Vale do São Francisco, em Pernambuco e Bahia, tem de se destacado, também, na produção de vinhos. E, graças a suas características climáticas é a única região do mundo a produzir vinhos de qualidade oriundos de duas colheitas por ano.
Destaca-se, hoje, a produção de espumantes, classificados como vinhos de boa qualidade, mas ainda carentes de distribuição mundial e reconhecimento. Infelizmente, a cultura do vinho no Brasil é pouco desenvolvida, assim como seu consumo, o que vem mudando nos çultimos 30 anos, lentamente. O consumo de vinho chegou ao brasileiro médio entre os anos 70 e 80, com os famosos rieslings, de baixo custo (e péssima qualidade). O paladar brasileiro foi-se apurando com o tempo e a (lenta) experimentação, exigindo vinhos melhores e a importação de produtos de melhor qualidade.
Assim, a viniticultura brasileira mostra-se promissora, porém jovem, sem o amparo de uma cultura que a valorize devidamente.
Encerro, pois, o ciclo de países sul-americanos produtores de vinho - Uruguai, Chile, Argentina e Brasil. Explorem seus vinhos. Há grande riqueza e diversidade, com preços acessíveis.

Rogério Roscio - Personal Chef   © 2008. Template Recipes by Emporium Digital

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